quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Canal Panamá


Atalho para a Ásia, o Canal do Panamá foi à materialização de um antigo sonho da navegação do mundo ocidental. Ligou os oceanos Atlântico e Pacífica e encurtou distâncias entre o Ocidente e o Extremo Oriente.

O canal tem 80 quilômetros de extensão e é percorrido aproximadamente em oito horas, dependendo do tráfego. Por ele passam anualmente 12 mil navios, cargueiros e também luxuosos transatlânticos, com turistas de todo o mundo.

A construção acabou pó financiar a independência deste pequeno país centro-americano da Colômbia, que desde então viveu na órbita dos norte-americanos.

História

A primeira tentativa de ligação entre o Atlântico e o Pacífico foi capitaneada pelos franceses em 1878, na esteira do sucesso na construção do Canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

Para construir o canal, os franceses formaram a Companhia do Canal Interoceânica e recrutaram 15 mil pessoas. O financiamento foi feito com dinheiro da venda de ações na Europa.

Durante dez anos, os franceses abriram com dinamites grandes caminhos entre as montanhas que separavam as duas costas. A idéia original era construir uma passagem no nível do mar, exatamente como haviam feito com sucesso em Suez.

A empreitada, porém, fracassou em 1889, derrotada pelas dificuldades em construir uma via aquática artificial em região montanhosa, pela febre amarela e pela malária, que não tinham cura na época. Pelo menos 20 mil operários morreram.

Elevadores na água

Após a falência da companhia francesa, os EUA compraram por US$ 40 milhões os direitos para a construção do canal.

Os americanos, porém, desistiram de lutar contra as montanhas e decidiram construir eclusas, uma espécie de elevador aquático que eleva e rebaixa o nível da água, para fazer os navios subirem e depois descerem as montanhas.

Para evitar as doenças e saques de grupos indígenas e bandidos, enviaram tropas para ajudar a então províncias do Panamá e conseguir sua independência da Colômbia.

Investiram também em infraestrutura sanitária para combater as doenças. Foi nessa época que se descobriu que a malária e a febre amarela eram transmitidas por mosquitos, o que facilitou o trabalho de combate ás enfermidades.

Vencidas as dificuldades, o canal foi construído em dez anos e inaugurado em 1914. Permaneceu em poder dos norte-americanos até 1999, período em que foi administrado pelo Exército dos EUA.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o canal serviu de base para os navios norte-americanos que partiam em direção ao Japão. Nessa época, os EUA chegaram a ter cerca de 65 mil soldados na região. Na década de 90, não passavam de 10 mil.

Engenharia

A travessia do canal do Panamá é feita por três eclusas, onde a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o navio entra na comporta na água no mesmo nível do oceano.

Os portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores abertos.

O navio sai da comporta para o lago e segue para as outras comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do Oceano Pacífico.

A presença dos EUA no Panamá

Os 85 anos da presença norte-americana deixou o Panamá muito mais o que Canal.

Juntaram com o Canal, os panamenhos herdaram em 1999 uma completa infraestrutura de ferrovia, rodovias, duas hidrelétricas, uma base aérea, e mesmo vilas militares, que mais tarde se transformaram em hotéis do alto padrão.

Viviane 2º ano EM

Colégio Adventista Campo Grandense

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